Lophocatheres pusillus
Descrição, aspectos da biologia e danos
Esta praga não é de alta relevância no cenário internacional, porém existe predominantemente nos países asiáticos e europeus, encontrada em produtos secos armazenados. Segundo HILL (2002), L. pusillus é encontrado nos trópicos em uma grande variedade de produtos como arroz e outros cereais, mandioca, grãos de leguminosas e amendoim [1]. Em princípio é uma praga de menor importância e sempre associada às demais.
Este inseto foi detectado pela primeira vez no Brasil em grãos de soja armazenada no ano de 2011 [2]. Em pouco tempo foi detectado em várias regiões de produção de soja do país. O adulto é besouro pequeno com 2,5 a 3,0 mm de comprimento e corpo achatado. Segundo HALTEAD (1968), o período médio da oviposição até estágio adulto de L. pusillus em farinha integral de trigo mais levedura, a 75 % de umidade relativa, foi de 179,7 dias a 20°C e 48,8 dias a 35°C. Somente 3 de 50 larvas colocadas a 10% de umidade relativa e 30°C, chegaram ao estágio de adulto [3]. Existem tipicamente quatro instares larvais. Adultos de L. pusillus se alimentam de larvas mortas de Oryzaephilus surinamensis, porém resultados de experimentos não confirmaram que são predadores. Não foram registrados danos econômicos diretamente no produto armazenado, apenas os inconvenientes da presença do inseto que podem interferir na comercialização dos grãos.
Referências
- [1] HILL, D. S. Pests of stored foodstuffs and their control. Kluwer Academic Publishers, 2002.
- [2] FRANÇA NETO, J. B.; LORINI, I.; KRZYZANOWSKI, F. C.; HENNING, A. A.; MALLMANN, C. A. Ocorrência de contaminantes em sementes e grãos de soja armazenados em diversas regiões brasileiras. In: Informativo Abrates Contendo os resumos do XVII Congresso Brasileiro de Sementes, Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES) 21(2), 2011. p. 74. Natal, 15 a 18 de agosto de 2011.
- [3] HALSTEAD, D. G. H. Some observations on the biology of Lophocateres pusillus (Klug) (Coleoptera: Trogositidae). Journal of Stored Products Research, v. 4, p. 97-202, 1968.