Lasioderma serricorne

Descrição, aspectos da biologia e danos

Essa praga é originária do fumo armazenado, por isto é denominado besourinho-do-fumo e, recentemente, passou a ocorrer com frequência na armazenagem de soja. É cosmopolita, encontrada em praticamente todos os países, se alimentando de produtos secos armazenados. No Brasil, tem sido encontrada em todas as regiões e em todos os estados produtores, em armazenagem de cereais e em oleaginosas, como a soja [1][2][3][4].

No fumo, as fêmeas colocam os ovos em pequenas fendas nos fardos, ou nos charutos, mas não nas folhas de fumo no campo. Na soja, perfura sementes e grãos, provocando prejuízos aos armazenadores e ameaçando a qualidade do produto oferecido nos mercados. Vários aspectos da biologia dessa espécie foram estudados em soja, como o período de ovo a adulto que fica em torno de 50 dias [3]. As larvas têm coloração branco-leitosa e são recobertas de pelos finos. Após a eclosão, são ágeis e escavam rapidamente galerias cilíndricas. As larvas medem cerca de 4,5 mm, em seu último ínstar, enquanto a pupa mede aproximadamente 4,0 mm de comprimento e tem coloração semelhante às larvas. O adulto é um besouro de corpo ovalado, de coloração castanho-avermelhada, recoberto por pêlos claros. O comprimento varia de 2 mm a 4 mm, sendo as fêmeas maiores que os machos. Suas antenas são dentadas e salientes. O ciclo completo é aproximadamente 90 dias e apresenta cerca de 3 a 4 gerações por ano.

Os adultos não se alimentam. As larvas escavam os produtos, no caso a soja armazenada, onde fazem as galerias. Não é capaz de atacar plantas vivas, embora ataque um grande número de produtos em armazenamento, entre esses, frutos secos, fumo, condimentos, cereais, grãos oleaginosos, farelos, farinhas, massas, biscoitos e rações. Frequentemente é encontrado em produtos manufaturados de origem vegetal, como cigarros e charutos [1][3][4][5][6][7][8].

Referências